pensei em comprar uns remédios pra me curar da dor e do amor. peguei o catálogo, procurei alguma farmácia com o nome - pelo menos um pouco - sugestivo para a ocasião.
'farmácia dos doentes'. 'farmácia dos pobres'. ' drogaria viva bem', - tudo parecia sugestivo demais, pensei.
estava eu, pobre de espírito - aquele dia -, cheia de vontade de viver bem e não sabia nem por onde começar e isso me fazia sentir muito enferma.
por onde eu deveria começar? e fui andando, de um lado para o outro, com a mão na cabeça vez ou outra, pra tentar sugar alguma coisa de dentro dela.
parei na metade do caminho de volta ( ou ida, não me lembro ) e pensei, rápida e confiante : É ISSO!
pensei em uma nova caminhada, pelo sol, talvez pra pegar um bronze, ou sei lá, só pra sentir calor mesmo.
pensei em várias coisas... aí lembrei que poderia mudar o rumo de toda a coisa. e fui.
andei por entre os pássaros naquela praça, por entre as árvores, os cheiros, a luz e as pessoas.
respirei tão profundo, que achei que poderia ser você entrando em mim.
eu te vi, te abracei, cantei pra você, bem baixinho no seu ouvido, e depois falei que queria gritar para o mundo o que eu sentia por você.
olhei os pássaros, olhei você, olhei pra mim... senti o frio e tremi, tremi muito. não de frio, claro,
tremi de amor.
'e o que passou, calou. o que virá, dirá...pra ser sincera o meu remédio é te amar e amar...não pense por favor, que eu não sei dizer que é amor tudo o que eu sinto longe de você... as coisas são assim.'
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
pro amor não existe remédio. não adianta!
ResponderExcluir