segunda-feira, 1 de junho de 2009

buildings,

eu fico tentando entender a dimensão dessas construções todas. essas construções que parecem tão seguras... exatamente como eu me sinto sobre você.
e você disse ' vai, que eu não quero te ver partir.'
e me abraçou e disse 'vou correr, sem olhar pra trás, pra não sentir aquela dor, de te ver partir.'
e virou.
eu fiquei te olhando, ali, andando e indo. e de repente, você não guentou mais e virou pra me olhar. eu te chamei, só pra mais um abraço.
eu queria mesmo entender, como são essas construções - tão seguras - que passam anos e anos ali, intactas.
e ventos passam, e tempestades, furacões, coisas assim, bem bizarras da natureza - que geralmente, acabam com tudo que aparece pela frente - e as construções, continuam ali, paradas, cheias de si. como pode? como pode?
preciso aprender.

e você veio pros meus braços ( já seus ) e abraçou como se nunca mais fosse me ver - que triste! - e me disse alguma coisa que nem me lembro agora, mas devia ser sobre amor,
tenho um tanto de certeza sobre isso,
e você deu as costas e eu fui, com lágrimas nos olhos, indo embora, pra longe de você, tremi muito.
e te chamei meio alto, meio baixo, com voz de choro, como se o choro estivesse gritando pra sair pela garganta, e boba, te perguntei ' não esqueceu seus óculos comigo? está tudo seu com você?'.
que boba! que boba! eu sabia que tinha metade - pelo menos metade - do seu coração comigo naquela hora.
e você balançou com a cabeça, afirmando que estava tudo ali com você - e aposto que você também sabia - inclusive, metade, pelo menos metade do meu coração estava ficando ali com você.
tive vontade de gritar, de vomitar a angústia. a dor de saudade, que já estava corroendo o peito.
calma, eu pensei. calma que você está indo pra voltar.

we get on, boy.

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