segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Cravado.

Fazem alguns dias e meu peito sente ainda a dor, que até então, eu tinha certeza de que iria diminuir.
Você também sabe o meu endereço e o meu telefone. Eu não mudei.
Todo mundo sabe. Mas só eu que sou obrigada a saber.

Sei lá até onde isso vai dar!

Eu estava pensando em todos os envolvidos na história.
O amor de um, o carinho de outro, o desapego de um,
o tesão de outro.
A conversinha fiada de um, a conversa séria do outro.
A risada de um, o mal humor do outro.

Eu estava pensando em mudar de endereço.
Pensei em mudar todo o meu guarda-roupa.
Senti saudade.
Senti repúdio.
Senti você.

Desamor e todo o seu significado.

A hemorragia no coração, nas veias, na alma.
Sangra.
Sem parar.

Pensei em te escrever uma carta, mas minha letra não está muito bonita hoje.
Se eu te escrevesse, não sei, ... ahn, acho que você choraria de ler.
Eu escrevi tanta coisa já. Você já me leu da cabeça aos pés.

E o tesão, o amor, o desapego, a conversinha fiada, a conversa séria, o sorriso e o mal humor,
tudo isso dentro de você, saindo.
Tudo isso que me deixa confusa.
Cravei no peito um (des)afeto incrível.
Não sei nem por onde terminar, se nem comecei.

Eu deixei que você ( me ) usasse de todas as maneiras, aqueles carinhos que ( eu ) separei.
E que tocasse com todos os dedos.
Que beijasse com lábios, dentes e língua.

Eu até pensei em falar todas as coisas que querem sair pela boca,
que corroem meu coração,
que acabam com minha mente.
Pensei em te gritar umas coisas absurdas.
Pensei em enfiar a minha boca no seu ouvido esquerdo e falar alto, pra que você entendesse,
o que eu queria tanto te fazer entender.

Oh, distance has no way of making love understandable,

e agora eu só te sinto longe.
Nem te vejo mais.
Sumiu no meio da poeira que cobre o meu coração, há anos.

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