domingo, 26 de julho de 2009

É a dor.

É aquela dor sem sentido. Um vazio que dói, que destrói, que faz sentir a saliva amarga. Que sente sem querer, que vem sem pedir licença. Simplesmente invade o peito.
E a lágrima que começa a rolar pela lateral do rosto, do lado esquerdo, ela parece gritar por mim - e ela não faz sentido nenhum -, o perfume enjoado na garganta, a vontade de vomitar.
Eu queria era esquecer um monte de coisas. Eu queria lembrar um monte de coisas esquecidas. Ah, os velhos e bons tempos... quando eu nem sabia nada de nada. Quando eu não entendia quase nada de nada. Quando ser feliz me consumia muito...
Ah, os velhos...os velhos e bons tempos!

E a dor vem, rasgando o peito, entrando pelas veias e indo no coração, sangrando, sangrando, sangrando sem parar.
Ai, maldita dor! Angústia! Angústia do caralho!
Ocupa a mente, o corpo, o coração, a alma... Tudo! Ocupa tudo!

E o choro - já é choro, não é só lágrima, é choro - não quer mais parar. Eu tento, e nada.
E eu - pobre coitada - achando que já entendia bem das coisas da vida. Achando que sabia quando não sofrer.
Sofri, sofro.

Eu - pobre coitada - achando tanta coisa e não sabendo de nada.

Eu queria entrar nos lençóis, ficar alí por muito tempo. Escondida da vida. Escondida do mundo. Escondida da minha própria dor. E um dia - God only knows - eu iria resolver sair de lá,
e jamais me envolveria em merdas outras vez.
Jamais sentiria angústia e também nem saberia o que é felicidade.
Mas pelo menos alguma coisa iria fazer sentido.

Nem me bateram, e eu to chorando. ( Isso não faz sentido )

A dor faz. A dor faz total sentido.

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