sábado, 4 de julho de 2009

Pai, afasta de mim esse cálice!

essa voz congelante saindo pela garganta, estragando os meus ouvidos, toda vez que finge ser. toda vez que finge amar. toda vez que finge o que não quer ser. que finge, finge, finge.
e essa dor que não pára, não cansa de vir, não sara nunca. essa coisa sangrando dentro do peito, como se fosse um câncer.
essa coisa de cansar, realmente cansa. é angustiante. e desgastante.
eu sou uma fodida. eu sou uma fodida.

essa voz fria, esse abraço mentiroso, essa mão com beijos demais. esses olhos cansados... ai, como eu estou acabada! como eu estou acabada de ver tanto isso.
eu não aguento mais.

não quero mais escutar a voz seca ( só quero ),
não quero mais abraçar sem sentir,
nem ouvir o que não preciso,
nem amar tanto assim... esse desamor.

desamor de tanto amor,
de tanta ausência.


eu não quero mais. eu não quero mais esses olhos mentirosos.

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