eu sofro de necessidade. parece que tem água demais pelo corpo, e precisa sair.
umas palavras que não precisam necessariamente serem ditas. umas ações que na verdade, não precisam se tornar atos.
parece que exatamente o que eu previa está vindo em minha direção.
o egoísmo já não faz parte do meu nome. a dor faz ( desprezo também ).
queria me embreagar agora... tem gente no quarto ao lado - e eu sozinha.
quero expor o coração, no cru, e ver sangrar... e chorar a dor de perder o coração.
tem metade ainda viva. só metade. metade ou menos, sei lá.
o que eu tanto cuidei... tão longe de mim, do meu corpo.
costumava ficar dentro, na outra metade que agora, bom, agora está morta.
eu sinto o rosto formigar. sinto os pés e as mãos meio congelados, como se realmente o coração, na parte real, estivesse parando aos poucos e eu fosse morrendo... lentamente.
eu não gosto de sentir isso. essa sensação estranha. morta-viva.
antes : rir com o corpo todo e chorar com os olhos.
hoje : rir com os olhos e chorar com o corpo todo.
estou indo. indo. indo. e se eu for de vez? pra longe... assim, talvez pra madagascar, ou sei lá,
qualquer lugar so far away.
eu tento, e espero na metade do caminho ( mesmo sabendo que não vou ter nenhuma surpresa ),
mas a metade do caminho tem sido parte de mim nos últimos dias.
a metade do caminho é meio brochante. eu fico um tanto desempolgada, porque é sempre nessa hora que eu caio na real, é sempre nessa hora que eu sei que não. não, não, não.
quero me embreagar, pelas veias.
sábado, 4 de julho de 2009
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