sexta-feira, 24 de julho de 2009

Venha.

Quero que você venha até a mim. Sabe porquê? Duvido que saiba.
Quero que venha até a mim, assim, do jeito que está agora. Desse jeito meio sujo,
esse jeito meio bandido.
E venha até a mim com essas roupas rasgadas, esse cheiro de cigarro passado da validade misturado com perfume sem nome.
E me diga umas palavras sem sentido. Me olhe com os olhos meio fechados - de sono - e meio abertos - de vontade.

Estou parada, sentindo o prazer de ser. Sentindo o prazer de estar.

Te salvar ou te largar?
Bom, nem vou começar a falar de amor aqui. Amor é demais. Amor é bizarro - nesse contexto.
Quero que venha até a mim, e só.
Que venha e que me peça pra costurar suas roupas rasgadas, me peça pra te banhar e tirar de você os cheiros passados.
E que venha, venha, venha e não pare nunca.

Ah, eu gosto do seu cheiro sujo. Do seu aspecto limpo.

Eu lembrei da coleção de livrinhos da Disney que eu tinha, naquela caixinha que tocava "Love Story' quando abria, dentro, A dama e o Vagabundo.
Sucesso de bilheteria. ( Ou não. )

Um comentário:

  1. nossa, muito MUITO bom.
    voce é boa nisso, amiga, é fato!

    te amo, e amo como voce se expressa :*

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