quinta-feira, 8 de abril de 2010

Assim ou assado.

Se quer saber de mim, me procura aqui, na retina.
E se quer entender a mim, olha aqui, onde bombeia o sangue, onde ficam os sentimentos.
Porque se tenta me entender só pelo que vê por fora, nunca saberá de fato quem sou.
Se não souber quem sou, foge.
Se não me conhece tão bem, não trema de esperança e nem de espanto.
Foge.
Ainda é tempo.
Porque quando digo palavras que doem, sei que doem.
E quando quero falar sobre amor, é porque quero, de fato, amar.
Mas se quero ser seca, consigo deixar mais sede do que qualquer sertão desse Brasil.
E se mato a sede, mostro fartura.
E me sinto um pouco Bandeira quando afirmo que estou farta do lirismo namorador!
Farta!
Escuta aqui, eu não quero te falar o que mais desejo, quero te mostrar a minha vontade. Em mãos, braços, abraços, beijos e não's.
Se sim o tempo inteiro não tem graça.
Nunca se acostumará com o meu corpo, nem com o meu rosto.
Não sou assim, nem assado.

Quando eu te perguntar se me conhece, você dirá que não, de maneira obrigatória.
Se me perguntar se te conheço, com certeza direi que não.
Sairá de mim como palavra clichê, você vai ver.

Se não me conhece, foge!

Se for tentar, segue em frente.
Senão, nem começa.

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