segunda-feira, 8 de março de 2010

Profundo.

E o mar, que nos oferta um só lugar, perto do céu, perto do fim que cada início um dia tem.
O mar me aguarda, só pra mostrar a vida embaixo d'água, onde os vivos alimentam-se dos mortos, ou matam pra sobreviver.
Beijo com sabor de delícia.
Um beijo com cheiro de mar, gosto salgado.
Uma coisa fascinante.

E um luar perfeito, pra amar, à beira-mar.

Ah, se todos soubessem onde encontram-se as belezas quase nunca vistas por olhos terrestres.

A lua parada e a voz que por foto não se ouve.
E aqueles olhos, que de longe eu já senti.
Poros e pupílas.
Pele.

A tentativa de fazer uma canção, só pra ser feliz, um pouco mais, menos.
Abrindo o sorriso e fechando o caderno.
Ou então não... Ou então, fechando o sorriso e abrindo o caderno.

São muitas letrinhas juntas, e muitas palavras e um caos no consciente, um grito lá longe, no subconsciente.

Dentro de mim, o mundo caminha.
E eu fico parada.
Sentindo.
Sentindo.

Escrevo num pedaço de papel, mais tarde: ' Agi certo, mas foi sem querer.'.

Profundo no meu coração, tão profundo que ninguém nunca chegaria lá, como nas profundezas do mar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário