quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Pensando sobre a vida, sobre a não-vida.

O que nos faz pensar que somos tão eternos assim? E que podemos deixar de dizer o quanto amamos uma pessoa hoje apenas porque temos a certeza de que iremos vê-la amanhã?
Que certeza é essa? De onde vem e para onde vai?


Que geniozinho é esse nosso, que nos faz acreditar que sempre teremos quem amamos aqui ao nosso lado amanhã?

E que mania é essa, de acharmos que somos tão grandes, e que somos imbatíveis e que podemos ser maiores que os outros?

Que mentalidade falha, essa nossa.


A morte é a coisa mais próxima da vida.


E como já diria meu pai, ' pra morrer, basta estar vivo.' .

Não passa de uma grande verdade.


É preciso que sintamos. É necessário que entendamos de uma maneira bastante clara que não somos nada mais, nada menos, que pedaços de carne ambulantes.

Como bois e vacas, como frangos e peixes. Coisas que também tem coração,
mas que a qualquer momento podem deixar de ter.
Corações que são arrancados bruscamente por outros seres. Ou por qualquer acidente da natureza. Do meio.

Corações que deixam de bater com qualquer coisa que machuque,

qualquer coisa que rasgue, que faça sentir dor,

qualquer coisa que nos mostre - de maneira brutal - que não somos tão imbatíveis assim como pensamos.


Vivemos, respiramos e devemos amar uns aos outros. DEVEMOS, eu disse.

O mínimo que podíamos fazer uns pelos outros é isso, amar.

Essa coisa de desamor, essa coisa de coração de pedra, de alma desalmada,

essas coisas todas que estamos tão acostumados a ver nos jornais... Todo esse vexame!, toda essa desgraça assistida. Sentida.

Dolorida.


A beleza exterior é a coisa mais fútil que o ser humano tem.

Digo isso, porque sei o quão importante é o alicerce que existe dentro de cada um de nós.

O nosso gênese. Aquilo que podemos ter de belo ainda que a beleza exterior se vá.

Aquilo que cremos, falamos, lemos, estudamos, ensinamos, mostramos. O que vem de dentro pra fora.

O que importa não é o que você parece ser, sim o que é! O que você tem dentro. O que te faz ser bom de verdade.

Sua dignidade. Seu caráter. Seu amor. Sua bondade.


De que serve a vaidade, o orgulho e a arrogância se no final das contas,
somos todos de carne e osso, todos sangramos.

É o coração que faz o caráter. É o caráter que te faz ser bom ou ruim.
E o que você escolheu ? O que você cultivou e/ou anda cultivando?

Caráter, saúde, conhecimento e bom senso, isso é o que precisamos. É por isso que deveríamos lutar.
Uma luta saudável.

O nosso caráter é o que temos de indelével. Nada pode destruir.
Nem um acidente do meio. Nem nada que nos doa,
nem nada que nos rasgue,
nem nada que mude a beleza exterior. Nada pode destruir o nosso caráter!

E quando eu digo que beleza exterior é bobagem, você que está aí lendo, e que se sente bonito(a) demais, não precisa se entristecer... Mas eu quero te dizer, que é preciso enxergar com os olhos do coração.
É preciso cegar um pouco os olhos do rosto. Fechar por minutos e entender o que existe dentro. Distribuir às pessoas ao seu redor uma coisa mais segura, uma coisa além disso que está aí fora.

Os poderes dessa vida são passageiros.
A beleza, o dinheiro...

Bom, já diria Nicolas Chamfort que quem não tem caráter não é homem, é coisa.

Quando o homem se sente impotente, nesses momentos terríveis da vida,
é que pode enxergar de maneira clara e simples, o quão importante ele é,
através do caráter que ele plantou nas pessoas. Através das palavras,
dos atos, de todas essas coisas boas que um bom-caráter pode ter e doar.
Doar, sem cobrar nada em troca.
Doar. Dar-se ao outro.

Ser bom é bom, e tenho dito.
Quando os olhos fecham, as lembranças ficam.
O que você vai deixar para seus amigos, familiares e próximos é o que importa.

A alma e o coração trabalham juntos. O caráter é tudo o que você tem, e mais nada.







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