terça-feira, 6 de outubro de 2009

More than ever.

E quando eu falar de limão, quero que você entenda perfeitamente o meu ponto de vista.
Quero que você saiba traduzir a palavra, na fratura mais exposta que exista dela.
Ácida. Ácida. Ácida.

A palavra hoje é ácida.

Eu estou me sentindo assim, meio amarga.
Eu, que tenho tanta doçura em mim. Que carrego tanto amor no peito.

E a minha garganta que amanheceu doente hoje... Não é resfriado. Não é o tempo.
Não é nada disso.
A doença vem da alma.
Começou quando eu travei o choro. Travei na garganta e guardei.
Engoli os sapos. Engoli tudo que queria sair.

O meu português quis acabar, por hoje.
Minha alma está doente.
Meu corpo padece.
Meu coração não está transbordante.

Ácida.Desagradável. Azeda.
Que tem mau sabor.

Eu.
Hoje.
Eu, ontem.
Nunca mais.
Sempre.

Sem empatia.
Sem estímulo pro amor.
Sem incentivo pra curar, a dor.

Nada é mútuo.
Tudo se desfaz facilmente.

E eu, logo eu, que não queria ser a autora e ao mesmo tempo o principal centro.
Eu, que não queria ser a autora e a atriz.

Quero o desapego, só hoje.
Nada de outros. Só eu mesma.

Me tornei um pouco assim,
pela metade.
Fizeram isso comigo.
That's not me.

Domisteco! - grito para mim.

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