É aquela dor sem sentido. Um vazio que dói, que destrói, que faz sentir a saliva amarga. Que sente sem querer, que vem sem pedir licença. Simplesmente invade o peito.
E a lágrima que começa a rolar pela lateral do rosto, do lado esquerdo, ela parece gritar por mim - e ela não faz sentido nenhum -, o perfume enjoado na garganta, a vontade de vomitar.
Eu queria era esquecer um monte de coisas. Eu queria lembrar um monte de coisas esquecidas. Ah, os velhos e bons tempos... quando eu nem sabia nada de nada. Quando eu não entendia quase nada de nada. Quando ser feliz me consumia muito...
Ah, os velhos...os velhos e bons tempos!
E a dor vem, rasgando o peito, entrando pelas veias e indo no coração, sangrando, sangrando, sangrando sem parar.
Ai, maldita dor! Angústia! Angústia do caralho!
Ocupa a mente, o corpo, o coração, a alma... Tudo! Ocupa tudo!
E o choro - já é choro, não é só lágrima, é choro - não quer mais parar. Eu tento, e nada.
E eu - pobre coitada - achando que já entendia bem das coisas da vida. Achando que sabia quando não sofrer.
Sofri, sofro.
Eu - pobre coitada - achando tanta coisa e não sabendo de nada.
Eu queria entrar nos lençóis, ficar alí por muito tempo. Escondida da vida. Escondida do mundo. Escondida da minha própria dor. E um dia - God only knows - eu iria resolver sair de lá,
e jamais me envolveria em merdas outras vez.
Jamais sentiria angústia e também nem saberia o que é felicidade.
Mas pelo menos alguma coisa iria fazer sentido.
Nem me bateram, e eu to chorando. ( Isso não faz sentido )
A dor faz. A dor faz total sentido.
domingo, 26 de julho de 2009
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Venha.
Quero que você venha até a mim. Sabe porquê? Duvido que saiba.
Quero que venha até a mim, assim, do jeito que está agora. Desse jeito meio sujo,
esse jeito meio bandido.
E venha até a mim com essas roupas rasgadas, esse cheiro de cigarro passado da validade misturado com perfume sem nome.
E me diga umas palavras sem sentido. Me olhe com os olhos meio fechados - de sono - e meio abertos - de vontade.
Estou parada, sentindo o prazer de ser. Sentindo o prazer de estar.
Te salvar ou te largar?
Bom, nem vou começar a falar de amor aqui. Amor é demais. Amor é bizarro - nesse contexto.
Quero que venha até a mim, e só.
Que venha e que me peça pra costurar suas roupas rasgadas, me peça pra te banhar e tirar de você os cheiros passados.
E que venha, venha, venha e não pare nunca.
Ah, eu gosto do seu cheiro sujo. Do seu aspecto limpo.
Eu lembrei da coleção de livrinhos da Disney que eu tinha, naquela caixinha que tocava "Love Story' quando abria, dentro, A dama e o Vagabundo.
Sucesso de bilheteria. ( Ou não. )
Quero que venha até a mim, assim, do jeito que está agora. Desse jeito meio sujo,
esse jeito meio bandido.
E venha até a mim com essas roupas rasgadas, esse cheiro de cigarro passado da validade misturado com perfume sem nome.
E me diga umas palavras sem sentido. Me olhe com os olhos meio fechados - de sono - e meio abertos - de vontade.
Estou parada, sentindo o prazer de ser. Sentindo o prazer de estar.
Te salvar ou te largar?
Bom, nem vou começar a falar de amor aqui. Amor é demais. Amor é bizarro - nesse contexto.
Quero que venha até a mim, e só.
Que venha e que me peça pra costurar suas roupas rasgadas, me peça pra te banhar e tirar de você os cheiros passados.
E que venha, venha, venha e não pare nunca.
Ah, eu gosto do seu cheiro sujo. Do seu aspecto limpo.
Eu lembrei da coleção de livrinhos da Disney que eu tinha, naquela caixinha que tocava "Love Story' quando abria, dentro, A dama e o Vagabundo.
Sucesso de bilheteria. ( Ou não. )
quinta-feira, 16 de julho de 2009
ange or démon
hoje é o dia em que eu simplesmente viajaria várias e várias horas com meus pés,
e dormiria no alto daquele farol, sozinha.
eu estive esperando por isso tantos anos,
e sou tão nova.
agora, querido,
não é a hora de se preocupar com os anjos,
nem com os enjôos.
não é hora de se preocupar com os demônios,
e com a satisfação.
não é hora. não é hora de respirar baixo.
só mais uma vez, meu querido,
só mais uma vez.
(...) entre esses suspiros. entre esses lábios,
esses olhos,
meu corpo inteiro.
só por agora, tente escutar o som que eu faço.
escute além das batidas do meu coração.
agora é hora de suspiros.
agora é hora de ir pra longe, onde o amor é despido.
assim deveria ser,
o amor total, o amor que transborda,
o amor numa só respiração. o amor!
fazer poema,
escrever poesia.
fazer amor,
escrever o sexo - escrever o amor,
e fazer o sexo.
ah, a palavra nua e crua - feito o amor.
não se ama vestido (...), take off your shoes take off my dress.
não é a hora de se preocupar com anjos ou demônios...
don't be so blue, so blue my love.
e dormiria no alto daquele farol, sozinha.
eu estive esperando por isso tantos anos,
e sou tão nova.
agora, querido,
não é a hora de se preocupar com os anjos,
nem com os enjôos.
não é hora de se preocupar com os demônios,
e com a satisfação.
não é hora. não é hora de respirar baixo.
só mais uma vez, meu querido,
só mais uma vez.
(...) entre esses suspiros. entre esses lábios,
esses olhos,
meu corpo inteiro.
só por agora, tente escutar o som que eu faço.
escute além das batidas do meu coração.
agora é hora de suspiros.
agora é hora de ir pra longe, onde o amor é despido.
assim deveria ser,
o amor total, o amor que transborda,
o amor numa só respiração. o amor!
fazer poema,
escrever poesia.
fazer amor,
escrever o sexo - escrever o amor,
e fazer o sexo.
ah, a palavra nua e crua - feito o amor.
não se ama vestido (...), take off your shoes take off my dress.
não é a hora de se preocupar com anjos ou demônios...
don't be so blue, so blue my love.
it's true
a beleza da vida está na incerteza de tudo,na beleza do que - de primeira impressão - é muito feio.a beleza está na falta. na sobra.a beleza está nas folhas secas que andam em círculos, com o efeito do vento.nas folhas verdes que ainda agarradas à árvore formam a beleza completa que a natureza tem.
ah,a beleza da não-beleza!
a beleza só existe onde os olhos enxergam.
ah,a beleza da não-beleza!
a beleza só existe onde os olhos enxergam.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
poesia nos olhos.
eu tinha prometido nunca mais observar as coisas do jeito cru que elas são.
eu tinha jurado nunca mais cegar os olhos, os meus olhos, pra quando eu quisesse enxergar as coisas mais fáceis.
não existe isso.
não existe nada dessa visão.
eu queria que fosse tudo bem mais fácil -na realidade- pra que eu pudesse não me forçar a enxergar que as coisas são fáceis.
eu vi a lata perdida, pelo catador de latas. sofri de vontade de falar, mas a boca não abria.
eu estava também entretida observando o cara que se dava bem, depois de horas de papo-furado, tentando beijar uma menina meio estranha.
também estava analisando a música que tocava no jukebox, que aquelas três pessoas felizes haviam escolhido.
e pensava ' é lindo. é feio. é bizarro. é legal.'
fiquei tonta - e não foi com a cerveja - por uns instantes. e pensei em tanta coisa,
e em como eu estava bonita naquela noite...
eu me sentia linda,
e estava bêbada.
a brisa da praia. os cabelos.
a lua, tão cheia... e nem era hora d'ela estar mais alí.
havia passado a hora da lua, mas ela não quis ir, e ficou. ( e sorte a minha. que espetáculo! )
eu queria sempre ver mais claro.
mas não queria me embreagar sempre - só pra ver, só.
eu até tento,
mas as coisas nos olhos e no coração ...
bom,
- só mais uma dose.
eu tinha jurado nunca mais cegar os olhos, os meus olhos, pra quando eu quisesse enxergar as coisas mais fáceis.
não existe isso.
não existe nada dessa visão.
eu queria que fosse tudo bem mais fácil -na realidade- pra que eu pudesse não me forçar a enxergar que as coisas são fáceis.
eu vi a lata perdida, pelo catador de latas. sofri de vontade de falar, mas a boca não abria.
eu estava também entretida observando o cara que se dava bem, depois de horas de papo-furado, tentando beijar uma menina meio estranha.
também estava analisando a música que tocava no jukebox, que aquelas três pessoas felizes haviam escolhido.
e pensava ' é lindo. é feio. é bizarro. é legal.'
fiquei tonta - e não foi com a cerveja - por uns instantes. e pensei em tanta coisa,
e em como eu estava bonita naquela noite...
eu me sentia linda,
e estava bêbada.
a brisa da praia. os cabelos.
a lua, tão cheia... e nem era hora d'ela estar mais alí.
havia passado a hora da lua, mas ela não quis ir, e ficou. ( e sorte a minha. que espetáculo! )
eu queria sempre ver mais claro.
mas não queria me embreagar sempre - só pra ver, só.
eu até tento,
mas as coisas nos olhos e no coração ...
bom,
- só mais uma dose.
sábado, 4 de julho de 2009
03:55 da madrugada.
' Tenho umas coisas na garganta... me travando a fala por uns dias... Eu resolvi deixa-las aqui, travando...talvez fosse melhor, mas só piora '
Pai, afasta de mim esse cálice!
essa voz congelante saindo pela garganta, estragando os meus ouvidos, toda vez que finge ser. toda vez que finge amar. toda vez que finge o que não quer ser. que finge, finge, finge.
e essa dor que não pára, não cansa de vir, não sara nunca. essa coisa sangrando dentro do peito, como se fosse um câncer.
essa coisa de cansar, realmente cansa. é angustiante. e desgastante.
eu sou uma fodida. eu sou uma fodida.
essa voz fria, esse abraço mentiroso, essa mão com beijos demais. esses olhos cansados... ai, como eu estou acabada! como eu estou acabada de ver tanto isso.
eu não aguento mais.
não quero mais escutar a voz seca ( só quero ),
não quero mais abraçar sem sentir,
nem ouvir o que não preciso,
nem amar tanto assim... esse desamor.
desamor de tanto amor,
de tanta ausência.
eu não quero mais. eu não quero mais esses olhos mentirosos.
e essa dor que não pára, não cansa de vir, não sara nunca. essa coisa sangrando dentro do peito, como se fosse um câncer.
essa coisa de cansar, realmente cansa. é angustiante. e desgastante.
eu sou uma fodida. eu sou uma fodida.
essa voz fria, esse abraço mentiroso, essa mão com beijos demais. esses olhos cansados... ai, como eu estou acabada! como eu estou acabada de ver tanto isso.
eu não aguento mais.
não quero mais escutar a voz seca ( só quero ),
não quero mais abraçar sem sentir,
nem ouvir o que não preciso,
nem amar tanto assim... esse desamor.
desamor de tanto amor,
de tanta ausência.
eu não quero mais. eu não quero mais esses olhos mentirosos.
abstrair, ou não.
eu sofro de necessidade. parece que tem água demais pelo corpo, e precisa sair.
umas palavras que não precisam necessariamente serem ditas. umas ações que na verdade, não precisam se tornar atos.
parece que exatamente o que eu previa está vindo em minha direção.
o egoísmo já não faz parte do meu nome. a dor faz ( desprezo também ).
queria me embreagar agora... tem gente no quarto ao lado - e eu sozinha.
quero expor o coração, no cru, e ver sangrar... e chorar a dor de perder o coração.
tem metade ainda viva. só metade. metade ou menos, sei lá.
o que eu tanto cuidei... tão longe de mim, do meu corpo.
costumava ficar dentro, na outra metade que agora, bom, agora está morta.
eu sinto o rosto formigar. sinto os pés e as mãos meio congelados, como se realmente o coração, na parte real, estivesse parando aos poucos e eu fosse morrendo... lentamente.
eu não gosto de sentir isso. essa sensação estranha. morta-viva.
antes : rir com o corpo todo e chorar com os olhos.
hoje : rir com os olhos e chorar com o corpo todo.
estou indo. indo. indo. e se eu for de vez? pra longe... assim, talvez pra madagascar, ou sei lá,
qualquer lugar so far away.
eu tento, e espero na metade do caminho ( mesmo sabendo que não vou ter nenhuma surpresa ),
mas a metade do caminho tem sido parte de mim nos últimos dias.
a metade do caminho é meio brochante. eu fico um tanto desempolgada, porque é sempre nessa hora que eu caio na real, é sempre nessa hora que eu sei que não. não, não, não.
quero me embreagar, pelas veias.
umas palavras que não precisam necessariamente serem ditas. umas ações que na verdade, não precisam se tornar atos.
parece que exatamente o que eu previa está vindo em minha direção.
o egoísmo já não faz parte do meu nome. a dor faz ( desprezo também ).
queria me embreagar agora... tem gente no quarto ao lado - e eu sozinha.
quero expor o coração, no cru, e ver sangrar... e chorar a dor de perder o coração.
tem metade ainda viva. só metade. metade ou menos, sei lá.
o que eu tanto cuidei... tão longe de mim, do meu corpo.
costumava ficar dentro, na outra metade que agora, bom, agora está morta.
eu sinto o rosto formigar. sinto os pés e as mãos meio congelados, como se realmente o coração, na parte real, estivesse parando aos poucos e eu fosse morrendo... lentamente.
eu não gosto de sentir isso. essa sensação estranha. morta-viva.
antes : rir com o corpo todo e chorar com os olhos.
hoje : rir com os olhos e chorar com o corpo todo.
estou indo. indo. indo. e se eu for de vez? pra longe... assim, talvez pra madagascar, ou sei lá,
qualquer lugar so far away.
eu tento, e espero na metade do caminho ( mesmo sabendo que não vou ter nenhuma surpresa ),
mas a metade do caminho tem sido parte de mim nos últimos dias.
a metade do caminho é meio brochante. eu fico um tanto desempolgada, porque é sempre nessa hora que eu caio na real, é sempre nessa hora que eu sei que não. não, não, não.
quero me embreagar, pelas veias.
quinta-feira, 2 de julho de 2009
amante.
dane-se,o amor está em mim.eu sou o amor.eu choro e dou risadas,eu grito e me abaixo no canto da parede,cheia de amor,cheia de dor.a saudade é o amor.o choro é o amor.a felicidade é o amor.a vida é cheia disso,eu digo,amor amor amor.mesmo,eu sou o amor. sigam-me os bons.
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