quarta-feira, 4 de novembro de 2009

De tanto desamor, a indecisão.

Estava cheia de ardor no peito, a tal menina queria uma explicação pra o que queimava tanto alí dentro, parecia fogueira de acampamento de juvenis.
Queimava a noite inteira, fazia arder os olhos e as lágrimas saiam dos olhos descontroladamente.
E parecia uma questão de lógica que não fazia sentido. Era tudo muito complicado,
e a menina tentava dizer exatamente o que ela preferia que acontecesse, mas ela não conseguia, e era só falta de coragem. Falta de certeza, até porque, até alí, só haviam dito a ela coisas inseguras.
E ela, acreditando na vida, acreditava cegamente em tudo que lhe falavam.

Acreditou até quando alguém falou que era só o bem que a desejava.
Acreditou até quando a chamaram de bem.

Ah menina!, ...

A fogueira deveria ser apagada. Os olhos deveriam parar de ficar vermelhos e lacrimejantes.
O coração devia ou não apagar a chama?

As opções : Ou ia ou ficava

Se fosse, doeria muito, mas doeria tanto... E seria realidade. Era melhor que ficasse.
Se ficasse, seria dolorido, seria triste, seria bom enquanto ilusão, era melhor que fosse.


As incertezas tomaram conta da menina. Ela se calou. E deixou que a situação fosse como um balde d'água na fogueira, que lentamente apagava, e fazia muita fumaça que ardia ainda mais os olhos e fazia com que tudo fosse um pouco desfocado.

Ela fechou a boca, como decisão definitiva, e desejou boa noite.

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