quarta-feira, 12 de maio de 2010

Tic-tac.

O tempo não para, já dizia o poeta. Os milênios que passaram, e os centenários dos nossos antepassados, que hoje, são apenas ossos numa catacumba.
Tic-tac, tic-tac. Nasci há poucos dias, mas já tenho duas décadas. Duas décadas de luta, a cada respiração, a toda inspiração.
O relógio, bom, ele foi a única coisa em toda minha vida que nunca parou.
Anos e mais anos,e pra morrer basta estar vivo.
Nada acabaria - por hoje - durante a minha vida, não fossem os segundos que insistem em passar sem parar, e se acabam. E começam outra vez.
Pra sempre o mundo gira junto com os ponteiros do relógio de parede que fica na cozinha de Maria.
A pergunta é : Quem disse que o tempo não pode parar e inventou esse lance de infinito?
Tempo é relativo e digo porque sei que a intensidade de cada momento vivido é o que importa.
Posso morrer em cinco minutos e viver muito em apenas dois.
Estar vivo é como ter dentro de você, no íntimo do ser, no âmago, todos os relógios do mundo.
Viver é a arte de transformar segundos em horas, horas em anos.
Intensidade sempre aqui, alí, no mundo. Em ti, em mim.

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