terça-feira, 20 de julho de 2010

Um pedido de socorro.

Que tal pegar esse copo vazio e enchê-lo com um pouco mais de amor?
Não sei quantas vezes já falei sobre a garganta que dói de dor no coração. Não sei quantas vezes eu falei sobre as lágrimas que enchem o meu copo vazio. E como elas secam rápido.
Me dizem sempre que tudo vai ficar bem. E que tudo não vai levar muito tempo pra melhorar... eu sempre tento acreditar. Mas já tem muito tempo, e parece que a vida é mesmo assim. As coisas machucam o tempo inteiro. As coisas me fazem chorar, e elas me fazem sangrar.
Existem expectativas que são irreais demais e que são destruídas antes mesmo de um ‘oi’. Existem pessoas que ferem pelo simples fato de serem ruins. Elas ferem mesmo sem uma faca na mão. Existem pessoas que sabem como ferir. Que gostam.
A troco de quê?

Eu estava andando por aí e tentando entender um pouco do meu coração quebrado em pedaços. Eu estava por aí sem saber meu nome, sem saber pra onde eu vou. Andei por aí quebrando celulares, quebrando até algumas regras. Andei por aí enchendo o copo de várias coisas, todas que me fazem sentir mais vazia ainda.
Pediram pra que eu continuasse forte.
Pediram pra que eu seguisse em frente, quando eu já não estava mais aguentando a sola quente dos meus pés.
Disseram que tudo estaria bem depois, e que eu encontraria a ajuda pelo caminho. Mas não. Eu não encontro nada pelo caminho. As coisas aparecem apenas como empecilhos.
Está tudo errado... tudo muito errado.

Eu não consigo manter a calma, eu não consigo respirar direito. Perdi o controle das minhas mãos e mal consigo terminar de escrever tudo isso. Eu estou tremendo. Talvez eu esteja precisando de um cigarro. Talvez eu esteja precisando de uma vida que acabe e comece de novo.
Eu quero acabar com todas essas coisas que me causam pânico.
Eu quero acabar com todos os abraços que me deixam com saudade e somem, somem, somem...
Eu preciso acreditar nesse lance de que o tempo irá cuidar das feridas, porque sinto que estou com as feridas espalhadas por todo o meu corpo. O meu coração quase não bate mais de tantas feridas.
Eu quero acabar com tudo isso e chegar na fase final do jogo. Aquela fase que me falaram, - junto com tantas outras coisas que me falaram até aqui, e foram muitas coisas, quase não recordo – aquela fase que me falaram que vários corações se unirão.
Alguém precisa me ajudar.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Respirar.

Desliguei o ar condicionado desse quarto bonito e resolvi abrir a porta da varanda.
É que eu cansei desse ar contido. Cansei da minha garganta doendo.
Hoje é madrugada de segunda-feira, e não sei se por isso, mas minha garganta está segurando um choro quase incontrolável.
Eu preciso de ar.
Eu tenho que acordar, acordar. Levantar e colocar as idéias nos seus devidos lugares.
Essa cidade é maravilhosa e me faz sentir saudade quando estou longe.
Mas quando chego aqui, é sempre assim, algumas coisas são muito boas, outras são muito ruins.
Hoje eu tive um dia lindo, mas termino o dia falando que poderia ter sido melhor.
Pra completar, até aquele jogador filho da puta do flamengo - e eu não estou falando do Bruno - tinha que entrar em campo hoje!
O problema não é do time, nem do desempenho do jogador. O problema são os cabelos, as tatuagens, o problema é a boca!

Acabei de lembrar que posso mesmo respirar sem medo o ar que tem lá fora...

Some!

Eu não quero que você me acorde com seus lábios. Não quero o seu toque. Nem quero mais que você me olhe com aquele seu olhar de ternura e diga que me ama. Ou que você compre vinhos caros pra mim. Não quero que lave as taças. Não quero que me chame de “meu amor”. Não quero nem ser o seu amor.
Eu não quero que você me beije nos olhos, como se tentasse sugar deles o brilho. Eu não quero um abraço seu.
Eu não quero que você aperte o botão do controle remoto da sua televisão, tentando disfarçar de que iremos ver um filme. Desse filme eu já estou cansada!
Eu não quero que você me peça perdão por todas as coisas ridículas que um dia já me falou. Eu não quero que você me veja chorar e peça pra que eu pare, como se estivesse sendo dolorido pra você me ver chorar.

Eu vejo que você gosta mesmo é de lamber as minhas lágrimas e gritar vitória.
Tudo o que eu mais preciso agora, é tudo o que menos precisei um dia. Você, você bem longe de mim.
Eu cansei de você ser o maior motivo pra minha desmotivação.
Eu cansei dos beijos doces com finais amargos. Eu cansei das suas mãos. Cansei até dos seus cabelos, imagina?!
Cansei da sua voz e da sua boca.
Eu quis, eu tive, eu não quero. Então por favor, já pode ir embora!
A porta está aberta, da mesma forma que esteve quando te deixei entrar. Já pode sair...

Eu não quero você no meu céu. Eu odeio imaginar você em qualquer outro céu desse mundo, mas vá. Vá.
Eu quero você bem longe, porque cansei de te querer tão perto. Porque quando você está perto, você sempre acaba me fazendo mal. Você raramente me fez bem e digo isso aqui para que quando um dia tiveres a oportunidade de ler, saibas.

Quero que você saiba muito pouco sobre mim. Quero que um dia você me veja em qualquer lugar desse mundo por acaso, e pense sozinho, de mãos dadas com alguma mulher mais ou menos bonita que aceite quem você é, do jeito que você “Eu poderia ter mudado por ela. Eu poderia ter sido melhor”.

Eu não quero nada de você, na verdade. Só quero que vá. Esse é o meu único pedido real, mais real do que o pedido de “ me beije”.
Então vai. Eu já cansei de você ser a minha inspiração ruim.

Some.

Diz que diz.

Ele disse que pra ele qualquer tarde era tarde.
Qualquer dia era cama.
Ela respondeu que qualquer cama era sexo.
Ele gostou. E ela continuou dizendo que qualquer sexo era romance.
Ele afirmou que qualquer romance seria bad trip.
Ela brincou, dizendo que qualquer bad trip seria um beck errado.
Ele disse que isso era muito besteira em pouco tempo.Disse também que pra partir do beck tava complicado, e ela, malandra, esperta, ligada na vida, desligada de tudo, tentou continuar a brincadeira, dizendo que qualquer beck errado era uma casa caída.
E qualquer casa destruída era uma família desfeita.
Uma família desfeita é problema social. Problema social é culpa do governo. O governo é culpa do povo.
O povo, meu Deus!, pede por socorro!
E o socorro, meu irmão,
vem da tarde, do dia, da cama, do sexo, do romance, da good trip, do beck, da casa reconstruída, da nova família, dos agentes sociais, do governo filho da puta, o socorro vem de Deus.